Quarta, 03 de Setembro de 2025

STF avalia pedido de manutenção de delação de Mauro Cid

Defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro reforça validade da contribuição premiada

02/09/2025 às 18:42
Por: Redação

A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pede ao Supremo Tribunal Federal (STF) a manutenção do acordo de delação premiada. O pedido foi feito durante as investigações sobre a trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

Durante a sustentação oral, o advogado Jair Alves Pereira refutou as acusações dos réus citados por Cid e reiterou que o militar não foi coagido a delatar.

Na ação penal, Cid figura como delator e réu, com benefícios como a possibilidade de responder às acusações em liberdade e de redução de pena em caso de condenação. O advogado afirmou que Cid não tinha conhecimento do arquivo 'Plano Punhal Verde-Amerelo', supostamente elaborado para assassinar figuras políticas proeminentes.

Quem são os réus?

  • Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
  • Alexandre Ramagem - ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier- ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres - ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno - ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Paulo Sérgio Nogueira - ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto - ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
  • Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

A votação que vai condenar ou absolver os réus deve começar somente nas próximas sessões.

Crimes

Os réus respondem no Supremo pelos crimes de: Organização criminosa armada, Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado, Dano qualificado pela violência e grave ameaça, Deterioração de patrimônio tombado.

Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar os 40 anos de prisão, a depender do papel desempenhado pelo condenado no complô golpista.